Os meus conceitos do ano: ecologia, minimalismo, lixo zero!
2016 está a revelar-se um ano cheio mudanças: mudanças exteriores, com novos projectos no horizonte (embora alguns nem eu mesma saiba quais são!) mas principalmente mudanças interiores.
O primeiro semestre foi de muita reflexão e muitas decisões que implicaram mudanças para toda a familia, algumas mudanças a curto prazo, outras a médio/longo prazo. E é nestas ultimas que entram os termos principais do texto de hoje: ecologia, biologia, “minimalismo” e “zero lixo”.
Nos ultimos meses pensei muito na vida, no valor da vida, no que REALMENTE quero da vida, no que é realmente importante para mim. Cheguei à conclusão de que quero uma vida mais vazia de coisas e mais cheias de sentimentos – não que estes ultimos me faltem, mas por vezes parece que ficam meio encobertos pelas coisas, pela nossa procura/mania de querer sempre mais. E aqui entra o “minimalismo”.
Minimalismo é um modo de vida. E não, não significa tornar-se um eremita numa gruta na montanha sem água nem luz. Significa tomar consciência daquilo que somos e daquilo que precisamos realmente para sermos FELIZES!
No que me diz respeito comecei por fazer uma triagem nos armarios ca de casa. Reduzi drasticamente o meu guarda-roupa e apercebi-me que estava cheio de coisas que eu já não uso, ou que já não gosto. Estou a aprender a fazer triagem sem dó nem piedade: ou se usa, ou não se usa! Não é facil porque eu ponho muito valor sentimental nas coisas que tenho, mas o outro conceito importante é aprender a desprender-se.
No fundo, minimalismo é o quebrar com consumismo desenfreado, identificando as nossas reais necessidades e tornando-nos consumidores conscientes.
E isto leva-me para o proximo ponto: não me posso tornar uma consumidora consciente sem tomar consciência do que se passa à minha volta. Numa altura em que cada vez mais se fala em problemas ecológicos, resolvi também ler um pouco mais sobre o assunto, É algo que tem surgindo de forma natural e já ha alguns meses que comecei a preocupar-me mais com o que comemos, com o que os meus filhos comem e por isso muita coisa industrializada que já pouco compro e prefiro fazer em casa (pão, iogurtes e bolachas, por exemplo). Priveligio os frutos e legumes bio e provenientes de agricultura equitável, se possivel de produtores locais. Tento reduzir o consumo de carne – sem grande sucesso por agora. Não aspiro ao veganismo – pelo menos para já – mas a consumir com moderação e ponderação. Acho que ecológicamente os “estragos” para se alimentar uma familia com 3 refeições de carne por semana (o aconselhado) não são os mesmos que alimentar uma familia com 10 a 14 refeições de carne por semana.
E então, no meio das minhas pesquisas, descobri o conceito “lixo zero”. Este conceito visa diminuir a quantidade de lixo produzida. Neste momento ca em casa devemos estar a produzir cerca de 3 sacos de lixo de 20L por semana. Já há algum tempo tinha feito o exercicio de imaginar todo o lixo que é produzido por todas as pessoas do mundo, e cheguei à conclusão que dentro de pouco tempo o planeta terra será um gigantesco aterro sanitário… mas na altura fiquei-me por aqui. No entanto agora, depois de tudo o que tenho lido, pesquisado, ideias trocadas com outras pessoas, decidi que quero mais. Quero produzir menos lixo. Quero optar por tudo o que puder ser reutilizavél ao invés de descartável, e já adoptei algumas estratégias!
Pensar em “lixo zero” é ser demasiado utópico neste momento porque nada se faz de um dia para o outro, e eu acho que tudo deve ser feito com conta peso e medida. Não pretendo ficar “obcecada”, mas mais uma vez pretendo tornar-me numa consumidora consciente.
Assim que puder escrevo um texto sobre os meus primeiros passos nestas andanças e as minhas primeiras estratégias adoptadas, pode ser que vos motive também!! 😉
Assim vai a vida… aos olhos de uma mãe!
Cada vez te admiro mais, priminha.Muito bem é isso mesmo, concordo a 100% contigo, alem demais é devagar que se vai ao longe. Beijinhos e um Grande xi coração.A pessoa que és só pde ser Feliz