Até já Lisboa!
Chegou a hora do “até já”. Das despedidas. De algumas lágrimas.
É um sentimento ambivalente, porque se por um lado já tenho “saudades de casa”, das minhas coisas, do meu cantinho e das nossas rotinas, por outro lado já tenho “saudades de casa”, desta cidade encantadora, das pessoas que deixo, das que me fazem tanta falta, e das não consegui ver.
“Saudades de casa” e “Saudades de casa”. Da casa que tenho lá e da que deixo aqui.
Mas afinal onde é a minha “casa”? É onde levo a minha vida, ou onde deixei parte dela? É o sítio que escolhi para viver e ver crescer os meus filhos, ou aquele que me viu crescer e onde tenho as minhas raízes?
“Casa” é onde nos sentimos bem e é o que deixa saudades. “Casa” cheira à nossa essência e tem o gosto das recordações.
Ambas são a minha casa. Em ambas me sinto bem. Ambas me fazem falta.
Mas neste momento de despedida é das minhas raízes e da minha gente que sinto mais saudades.
Quero chegar a “casa”. Mas não quero sair de “casa”.
É ter a sorte de ter duas “casa”, e o pesar de estar sempre longe de “casa”.
Assim vai a vida – melancólica – aos olhos de uma emigrante!
Como sempre escrito com uma alma muito inteligente! Pensas e escreves com o coração. Tens uma magnífica inteligência emocional. Tens duas casas e eu sinto-me pertinho de uma delas…se ajuda, sabe que estou cá. Um beijo grande. Estou feliz porque pertence ao grupo dos que te viram, ao Sérgio e aos meninos. Boa viagem.
Enviado do meu iPhone
No dia 30/07/2016, às 02:01, Entre Chuchas e Halteres escreveu:
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Foi uma surpresa maravilhosa! Não estava à espera e fez-me muito bem poder levar esta visita na bagagem!
Um grande beijinho Dra Manuela! ❤