Sabe o que é o swaddle?
Swaddle é o acto de embrulhar o bebé, de forma a dar-lhe a sensação de limite espacial.
Até ha relativamente pouco tempo, o swaddle tradicional era visto como algo “baby friendly”, algo que esimulava o ambiente intra-uterino e por isso perfeito para aplicar com os nossos bebés.
No entanto, diversos estudos têm sido feitos sobre este assunto e tem sido possivel concluir que, se de facto tem algumas vantagens, os riscos ao recorrer a esta técnica não são negligenciavies.
Estima-se que os mecanismos que levam ao síndrome de morte súbita do lactente (SMSL) envolvam por um lado, a imaturidade do controlo autónomo do aprelho cardiorrespiratório e, por outro, uma falha na capacidade de despertar em resposta a estímulos como a hipóxia (falta de oxigénio) e/ou a hipercápnia (excesso de CO2).
Neste contexto, o swaddle tem sido apontado como um factor de risco para a incidência do SMSL, pois ao embrulhar o bebé há uma diminuição nos despertares expontâneos e um aumento do tempo do sono profundo (onde os despertares expontâneos são menores) o que associado a um fraco controle cardiovascular leva então à tal diminuição da capacidade de resposta a certos estimulos.
Além de um aumento do risco de SMSL, o facto de embrulhar o bebé segundo o esquema usual (imagem 1 e 2), aumenta também o risco de displasia da anca pela posição (não fisiológica) em que colocamos as pernas do bebé.
imagem 1 imagem 2
Posto isto, podemos concluir que o swaddle convencional apresenta mais riscos que beneficios.
No entanto, podemos igualmente oferecer uma sensação de limite físico (que é o que muitas vezes o bebé precisa) de uma forma mais segura, como mostra a imagem 3:
- deixar sempre as mãos perto do rosto do bebé, para além de ter necessidade desse contacto isso vai permitir ao bebé ter um estimulo que o “ajude” a despertar caso seja necessário;
- não apertar demasiado, o objectivo é delimitar o espaço, não fazer contenção;
- não embrulhar as pernas do bebé, ou seja, fechar a manta apenas até à zona da cintura;
imagem 3
Espero que este artigo possa ser útil e ajudar os cuidadores a tomar decisões conscientes e a ter mais confiança nas suas escolhas!
Assim vai a vida aos olhos de uma mãe, enfermeira!
Nota: escrevi o artigo original para o bloga8