Ser mãe de um bebé intenso é ser constantemente levada ao limite, mesmo quando se sente que já se ultrapassou esse limite.
Ser mãe de um bebé intenso é ver actividades, usualmente banais com outros bebés, transformarem-se em verdadeiros momentos de angústia com o seu bebé.
Um bebé intenso tem dificuldade em gerir actividades tão simples e comuns como comer, dormir, tomar banho, andar de carro, sair de casa, mudar de ambiente, a presença de pessoas externas ao núcleo familiar, uma simples mudança na rotina… não é só em uma ou duas destas actividades, mas sim em todas ou na maioria!
Um bebé que, por exemplo, só tem dificuldades com o sono ou com a alimentação provavelmente não tem um perfil de funcionamento de um bebé intenso. Um bebé intenso vive tudo com uma grande intensidade – principalmente devido às dificuldades sensoriais – e arrasta a família toda nessa intensidade.
É um bebé que se desorganiza muito facilmente e depende muito da presença e do contacto (colo, mama) da mãe para se organizar. E esta necessidade exige da mãe uma disponibilidade constante e permanente que muitas vezes lhe suga a energia.
Não tem tempo para si, para um banho, para comer, para descansar. Na verdade aquilo que quase todas conhecemos com um recém-nascido e ficamos aliviadas quando o nível de exigência começa a baixar (por volta dos 3-4 meses), a mãe do bebé intenso continua a viver neste ritmo durante muitos meses, às vezes até o bebé ter 2, 3, 4 anos… e é por isso que as mães de bebés intensos têm um risco maior para a exaustão e o burnout parental.
É possível fazer mais do que simplesmente esperar que passe. É possível a mãe sentir-se menos sozinha. É possível intervir e dar ferramentas a estas famílias para passarem por este furacão com menos danos colaterais. É possível prevenir o burnout parental das mães de bebés intensos!
Essa é a essência do meu trabalho, e de toda a equipa multidisciplinar Bebé Intenso!