Não suporto o(s) meu(s) filho(s)!

Não suporto o(s) meu(s) filho(s)!

É importante dissociar os filhos do papel parental. 

No burnout parental muitas vezes as crianças são associadas a às dificuldades e emoções mais negativas, mas quando vamos trabalhar mais a fundo percebemos que afinal as crianças são apenas a representação de todo esse furacão, não a sua origem. 

Quando nos zangamos com os nossos filhos por alguma coisa que eles fizeram, e o nosso comportamento é exagerado relativamente à situação, então provavelmente não estamos a sentir-nos assim pelo que eles fizeram.

O peso da responsabilidade parental, o luto difícil da vida pré-filhos, confitos de identidade, certas características de personalidade como perfeccionismo ou necessidade de controlo, carga mental excessiva, são alguns dos exemplos de coisas que podem estar realmente na origem deste furacão, e que pertencem ao papel parental, não aos filhos. 

Ao tomar esta consciência vamos poder dizer-lhes que não estamos zangados por causa deles, mas porque estamos cansados, preocupados, etc. 

Caso contrário eles ficarão a pensar (e a sentir) que são o motivo de estarmos assim. 
“A minha mãe está zangada e a culpa é minha.” 

O burnout parental instala-se de mansinho e muitas vezes quando damos conta já se apoderou de nós, da nossa vida, das nossas relações. 

A parte boa é que tudo isto pode ser trabalhado para que a mulher ou o homem possa voltar a sentir prazer em estar com os seus filhos. O burnout parental é um caminho que pode ser difícil, mas tem uma saída! Não tenhas medo de procurar ajuda.